Espécie: Babuíno sagrado (Papio hamadryas)
Possuem esse nome, pois eram considerados animais sagrados para os antigos egípcios.
Os machos parecem associarem-se aos parentes ao longo de suas vidas. Nesse aspecto, os babuínos sagrados diferem de outros membros do gênero Papio. Em outros babuínos, os machos são transferidos de seus grupos natais para outros grupos, onde se estabelecem na hierarquia de dominação masculina para se reproduzirem. Em babuínos sagrados, embora machos e fêmeas sejam transferidos para novos grupos sociais, os machos mantêm laços ativos com seus parentes machos, permanecendo em seus em seus bandos natais. Esses grupos de machos aparentados são unidos contra outros grupos de parentes machos.
Pode ser essa associação íntima de parentes machos que levou à tendência peculiar dos babuínos sagrados machos de “respeitar” os laços sociais entre outros machos e suas parceiras. Estudos com babuínos sagrados machos em cativeiro sugerem que se dois machos forem colocados juntos com uma fêmea estranha, eles competirão agressivamente por ela, da mesma forma que outros babuínos. No entanto, se um dos machos puder ver o outro macho com a fêmea antes de ser colocado no recinto com eles, ele evitará a fêmea e não instigará uma briga com o macho “residente” para ter acesso à fêmea. A integridade dos grupos dessa espécie, em certa medida, depende desse “acordo” entre os machos para respeitar o acesso proprietário de seus parentes machos a certas fêmeas.
O zoológico de Goiânia possui somente uma fêmea da espécie, chamada Janaína, sob seus cuidados. Ela veio do zoológico de Camboriú em 2012. O Zoológico tem empenhado esforços em conseguir a transferência de um macho.
