Espécie: Macaco-aranha Cara Branca (Ateles marginatus)
O macaco-aranha-de-cara-branca é uma espécie de primata americano e endêmico do Brasil. Apresenta pequena distribuição geográfica no norte do país, entre o rio Tapajós e seus tributários, ao sul do rio Amazonas, ocorrendo nos estados do Pará e Mato Grosso.
É o menos conhecido dos macacos-aranha. O corpo mede aproximadamente 60 cm, com uma cauda longa que pode atingir 70 cm. Pesam em média 8 kg, sendo os machos maiores do que as fêmeas. A face tem um contorno com pelagem branca, que é mais pronunciada na testa, com pelagem do corpo curta e totalmente negra. Vivem em grandes grupos que podem ter mais de 30 indivíduos, dividindo-se em grupos menores no período da alimentação.
Devido a sua exigência de hábitat mais preservados, característica da espécie, além das fortes ameaças de desmatamento, potencializadas com o asfaltamento de rodovias, a implantação de hidrelétricas, assentamentos rurais e aberturas de lavouras (principalmente soja), pecuária, aliadas à caça, sua população foi reduzida em pelo menos 50% ao longo de 45 anos, tornando-a uma espécie AMEAÇADA DE EXTINÇÃO.
Um fato relevante relacionado à conservação da espécie foi a assinatura conjunta, em abril de 2018, pela AZAB – Associação Brasileira de Zoológicos e Aquários do Brasil e pelo ICMBio – Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade, de um Acordo de Cooperação Técnica para elaboração, implementação, manutenção e coordenação dos programas de manejo ex situ (em cativeiro) de espécies ameaçadas em zoológicos e aquários brasileiros
Foram elencadas 25 espécies, sendo uma delas o macaco-aranha-cara-branca. Todos os zoológicos associados da AZAB, incluindo o Zoológico de Goiânia buscam delinear em conjunto projetos e ações em prol da conservação da espécie, ressaltando a importância dos zoológicos neste importante processo.
O Zoológico de Goiânia mantém sob seus cuidados três indivíduos: Juca, Simone (a mais velha) e Chicão.
