A secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué, apresentou nesta segunda-feira (13/7), durante a solenidade de assinatura do novo decreto de reabertura do comércio e serviços, um balanço das ações da pasta neste período de pandemia do coronavírus. Segundo ela o trabalho é norteado por quatro eixos de trabalho. Eles se dividem entre as necessidades dos pacientes, o cuidado aos trabalhadores da saúde, a garantia da transparência e a divulgação de informação qualificada à população e à imprensa.

Uma das grandes preocupações durante a pandemia é a oferta de leitos. Desde o surgimento dos primeiros casos,  a Prefeitura de Goiânia está negociando a abertura de novas vagas para garantir o atendimento aos pacientes. Nas próximas semanas, Goiânia deve ganhar mais 140 leitos de UTI. O resultado desse trabalho, segundo Fátima Mrué, é que até o momento nenhum paciente de Goiânia esperou mais de 24 horas para conseguir um leito. Atualmente são 356 leitos exclusivos para Covid-19, sendo 156 de UTI e 200 de enfermaria, a maior parte está no Hospital e Maternidade Célia Câmara, que se tornou referência para Covid-19 desde sua entrega.

O acesso da população às informações sobre o cenário da Covid-19 na capital também é um dos principais focos da Prefeitura e duas ações foram desenvolvidas nesse sentido. O levantamento da SMS mostra que a Central Humanizada da Covid-19, criada para orientar e tirar dúvidas dos cidadãos em relação à doença, já realizou mais de 40 mil atendimentos por telefone e whatsapp.  Outro instrumento de contato com os pacientes é o Telemedicina, que em parceria com Universidade Federal de Goiás (UFG) atendeu mais de 42 mil pessoas e outras 17 mil estão sendo monitoradas.

Em relação aos testes para identificação da contaminação por coronavírus, a secretaria já realizou mais de 41 mil testes, destes, 15 mil foram dedicados aos trabalhadores de saúde, totalizando, em breve, 100 %  dos trabalhadores testados.

A secretária de Saúde apresentou ainda números importantes sobre a testagem na população. Quatro inquéritos populacionais foram realizados nos sete distritos sanitários da cidade, somando até o momento mais de 11 mil pessoas testadas. Os exames são importantes para identificação do perfil do desenvolvimento da doença nas regiões. Recentemente, a  secretaria adquiriu mais de 10.700 testes PCR para suportar a demanda nas unidades e aliviar a sobrecarga do Lacen.  

As unidades de saúde também receberam adequações físicas e de fluxos de trabalho como forma de prevenção à contaminação tanto de funcionário quanto de pacientes. Além disso, mais de 100 treinamentos e capacitação de profissionais foram realizados desde o começo da pandemia. 

Fátima Mrué comentou ainda sobre a taxa de incidência de contaminação e de mortalidade. Os dados apresentados mostram que Goiânia está entre as seis com menor incidência em comparação à média do Brasil e é a oitava de menor média de mortalidade.

Ela garantiu ainda a transparência das informações sobre o cenário de contaminação. Foi criado o Informe Epidemiológico para divulgação diária dos números, como novos casos confirmados, óbitos, índice cumulativo, curva , total de profissionais contaminados, sintomas e pacientes recuperados. O Informe já está em sua 101º  edição.

“Agora vamos iniciar uma nova etapa que é a reabertura do comércio. Todo o trabalho já realizado e a ações que ainda serão implantadas estão sendo construídas para que possamos sustentar essa abertura de forma responsável, com protocolos seguros, de forma que possamos combinar tanto proteção da saúde e da vida como a proteção social e econômica”, afirmou a secretária Fátima Mrué.

Adriana Moraes, da editoria de Saúde