Na próxima terça-feira (28/06), celebra-se o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, uma data para refletir sobre o desafio que ainda persiste em romper com preconceitos e hostilidades. Na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), o acolhimento foi fundamental na trajetória de Suianny Sousa Alves, de 25 anos, que assumiu homem transgênero aos 16.

Lotado na Diretoria de Logística da companhia, Júnior, como é chamado pelos colegas, reconheceu-se como homem trans há nove anos, quando saiu de casa para viver com a atual companheira.

Ele conta que, desde criança, nunca gostou de brincar com bonecas ou usar roupas ditas “femininas”. Júnior revela, ainda, que o caminho até se assumir foi sofrido e, após a conversa com a mãe, os dois ficaram três meses sem se falar. “Mas, depois, ela acabou entendendo e nos acertamos. Hoje, nossa relação é maravilhosa, de respeito e muito amor. Ela é apaixonada por minha esposa!”, conta.

Júnior também fala do preconceito que enfrenta desde a infância e adolescência, além da dificuldade em lidar com os próprios sentimentos. Nisso, o servidor destaca o papel exercido pela esposa. “Foi muito difícil para mim também, não fosse por ela, não sei se estaria aqui hoje para contar minha história”.

Ao longo de sua trajetória, Júnior conquistou o afeto e acolhimento da família, amigos e colegas de trabalho, pontos cruciais para que os desafios e preconceitos fossem enfrentados. Inclusive, ele revela que uma amiga em comum, também servidora da companhia, foi quem apresentou sua esposa a ele.

Hoje, Juninho coleciona medalhas e troféus de karatê, esporte no qual é faixa preta e disputa campeonatos estaduais e nacionais. O carateca pontua que a modalidade também foi essencial para adquirir disciplina no trabalho e estudos.

Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) – Prefeitura de Goiânia

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