O novo sistema, chamado de Aero System, utiliza um novo aplicador, menor e mais prático, e um inseticida que é mais seguro e com baixa toxidade, recomendado pelo Ministério da Saúde. Além disso, um dos diferenciais é que o produto é aplicado dentro das residências, ao contrário da bomba costal ou do fumacê de uso externo.   

O teste está sendo realizado sem custo, por meio de parceria entre a SMS, a empresa que patenteou o equipamento e a Rede Latino Americana de Saúde Pública. A experiência já foi desenvolvida em outros estados como Minas Gerais e São Paulo e teve resultado positivo.

“Vamos ver a eficácia dentro das condições que cada município apresenta, dependendo das características locais. Neste processo a vantagem desse equipamento é que ele é utilizado dentro da residência, onde o mosquito adulto está escondido, além de ter baixa toxidade e boa aceitação por parte da população”- explica Ima Braga, pesquisadora da Rede Latino Americana para o controle de vetores. 

 Os agentes de endemias estão passando por capacitação para manipular o produto e conhecer a forma de aplicação. Nesta quarta-feira (18/12), a Secretaria Municipal de Saúde iniciou também o uso do inseticida dentro de 35 domicílios, no setor Finsocial, região Noroeste de Goiânia.

A avaliação da eficácia do novo sistema é feita em dois dias. A aplicação do inseticida, posteriormente a análise do percentual de mortalidade dos mosquitos e coleta de depoimentos dos moradores.

Esta é a segunda experiência que a Vigilância em Saúde está utilizando em testes de combate ao mosquito Aedes Aegypti. Neste processo do Aero System o foco é o mosquito adulto, enquanto que os testes feitos com as Estações Disseminadoras, utilizam larvicidas que combatem a larva do mosquito.

Essas experiências, se efetivadas, vão complementar o trabalho de combate ao mosquito da dengue em Goiânia, mas não vão substituir nenhuma outra ação que já é realizada. “Reafirmamos que é preciso que os moradores continuem fazendo a prevenção dentro de suas casas, não deixando acumular água, nem lixo, que sirva de criadouro do Aedes Aegypti. Por outro lado, a Secretaria Municipal de Saúde vai continuar também com as visitas domiciliares dos agentes de endemias e as demais iniciativas que eliminam o transmissor da dengue”, ressalta o gerente de controle de zoonoses, Wellington Tristão.

Adriana Moraes, editoria de Saúde