A Prefeitura de Goiânia lançou, na manhã desta segunda-feira (15/08), a campanha “Violência Contra a Mulher não tem desculpa! Tem Lei!”, em ato realizado na garagem da empresa HP Transportes Coletivos, na Vila dos Alpes. Programa consiste na colagem de cartazes em ônibus do transporte coletivo da capital para conscientizar sobre a criminalização dos tipos de violência contra a mulher. Os terminais também exibirão, nos aparelhos televisivos, vídeos e contatos para que as vítimas possam procurar ajuda.

Os cartazes explicam as cinco categorias de violência contra as mulheres previstas na Lei Maria da Penha, que completou 16 anos no dia 7 de agosto. São elas: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Trazem, ainda, os canais de denúncias disponibilizados às vítimas.

A campanha, que faz parte da programação do Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização pelo fim da violência contra a mulher, é coordenada pela Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM), e tem parceria da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) e Consórcio Rede Mob.

O Consórcio Rede Mob cedeu espaço em mais de mil veículos do transporte coletivo para colagem de cartazes da campanha. Por dia, de acordo com a Rede Mob, circulam mais de 200 mil pessoas nos ônibus do Sistema de Transportes Coletivos. Desse total, 63% são mulheres.

A secretária da Mulher, Tatiana Lemos, e o presidente da CMTC, Tarcísio Abreu, que participaram do evento, colaram cartazes em alguns ônibus estacionados na garagem da HP. “É preciso conscientizar as pessoas de que a violência contra as mulheres não é só física. A Lei Maria da Penha também fala em outros tipos de violências, como a psicológica, moral, patrimonial e sexual. Muitas mulheres estão sofrendo violência e nem sabem. Por isso, a importância da campanha e divulgação dos canais de rede de proteção à mulher”, destaca Tatiana Lemos, reforçando que denunciar violência contra a mulher é dever de todos.

Para o presidente da CMTC, Tarcísio Abreu, tudo que estiver ao alcance da Companhia para proteger as mulheres será feito. “Sabemos que no transporte público coletivo as mulheres ficam mais vulneráveis, por isso temos parceria com o Batalhão de Terminais, Guarda Civil Metropolitana e Polícia Militar. Quando qualquer mulher se sentir desconfortável dentro do transporte público, basta comunicar ao motorista, que ele entrará em contato com o órgão responsável, e será tomada providência imediata”, pontua.

Rozivan Souza de Oliveira, motorista do transporte coletivo de Goiânia há sete meses

Rozivan Souza de Oliveira, que é motorista do transporte coletivo de Goiânia há sete meses, acompanhou o lançamento da campanha, e relatou que todos os dias sofre algum tipo de preconceito por ser mulher e dirigir ônibus.

“Certa vez, um passageiro entrou no meu ônibus e perguntou para mim se não tinha motoristas homens. Eu respondi que não. Nós, mulheres, temos capacidade para exercer a função de motorista, e temos competência para trabalhar onde quisermos. Todas as mulheres precisam saber dos seus direitos, e que os homens conheçam a lei que nos protege”, enfatiza.


Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres (SMPM) – Prefeitura de Goiânia