Bijuteria, queijo fabricado na roça, artesanato, vestidos e tapetes de crochê foram alguns dos itens comercializados pelos 24 expositores da 20ª edição da Feira dos Aposentados do GoiâniaPrev (Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Goiânia), na manhã desta quarta-feira (29/06). As bancas foram expostas à porta do instituto, abertas à visitação de servidores e população.

A feira é realizada mensalmente, sempre alinhada às respectivas campanhas de conscientização e prevenção. O tema deste mês foi a cor violeta, que remete ao 15 de junho, Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa.

O presidente do GoiâniaPrev, Carlos Júnior, evidenciou o caráter de socialização e integração da feira, tanto entre pensionistas e aposentados, quanto entre servidores do próprio instituto. Evidenciou, também, que o evento impulsiona potencialidades dos servidores. “São pessoas que, após se aposentar, têm um sentimento de inutilidade e desvalorização, quando ainda tem muito potencial produtivo a compartilhar”, observou. “Nossa perspectiva é incentivar mais expositores a participar e, assim, fazê-la crescer”, completou.

O projeto foi criado em 2019 pela Junta Médica do instituto, sob sugestão dos próprios servidores aposentados. Wilneia Rocha, uma das idealizadoras do projeto, contou que o objetivo foi promover a socialização e criação de vínculos sociais. “Eram servidores que, após a aposentadoria, ficavam ociosos em casa, pensamos na feira para beneficiá-los”, disse.

Ela lembrou que o intuito foi resgatar o aposentado da cultura de ficar recluso e ir ao instituto apenas para fazer a prova de vida, serviço de recadastramento para atualização de informações. Segundo Wilneia, durante as edições, observa que “os servidores não só trocam mercadorias, mas também interagem, conversam, ficam estimulados a sair de casa”.

Enelice Jacobina tem 56 anos e é professora aposentada da Rede Municipal de Educação. A docente de História reconheceu que, após a aposentadoria, gosta de ficar em casa, mas que ir à feira lhe traz satisfação. “Gosto de vir, conversar, trocar vivências e compartilhar, então, não é só vender, mas uma questão de realização pessoal”, ressaltou.

Maria das Dores, 66 anos, auxiliar administrativa também da Educação, expôs seus tapetes de crochê pela quarta vez na feira. O esposo, aposentado por invalidez, está em tratamento contra o câncer. “Então, a venda dos itens faz toda a diferença. Estar aqui me permite, além de conversar com outras pessoas, uma renda extra a cada mês”, contou.

Para Francisca Rocha, de 63 anos, a feira reuniu aposentados e pensionistas, salvando muitos deles da solidão e depressão. Na sua banca, comercializa roupas e sapatos de bebês feitos de crochê, arte que aprendeu com a avó. “Acredito que todo mundo tem um artesão dentro de si e, no meu caso, resgatei o que aprendi e desenvolvi confeccionando para os meus netos”, declarou.

Sobre o projeto, a expositora conta: “Trabalhei 32 anos na prefeitura e estou na feira desde o começo, um projeto lindo e de grande valor para que quem se aposentou não se perca na depressão e solidão”, analisou.

Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) – Prefeitura de Goiânia