A Escola Municipal de Tempo Integral Juscelino Kubitschek buscou uma alternativa para aproximar as crianças na fase de alfabetização do ambiente escolar. Sabendo que nesta fase a criança precisa principalmente de recursos visuais, auditivos e táteis para desenvolver a aprendizagem, foi criada a proposta do Ambiente Alfabetizador em Casa.

A equipe escolar entende que a alfabetização das crianças é um desafio muito grande para a escola e uma angústia para os pais que querem ver seus filhos lendo e escrevendo. Neste período de pandemia, foi preciso pensar em possibilidades de alfabetizar as crianças da turma A, sabendo que é um percurso longo e cheio de surpresas, é preciso respeitar o ritmo de cada criança, dosar o que precisa ser oferecido e criar meios para que todos possam aprender.

A coordenadora pedagógica Andréa Vieira e a professora da turma de alfabetização não mediram esforços e iniciaram o projeto, com a escolha de materiais adequados, orientou as famílias a reservar um cantinho tranquilo, sem distrações para o estudo e realização das tarefas. E que pudessem fixar letras e números na parede para visualizarem em vários momentos durante o dia e trabalhar os sons das letras para reconhecimento e discriminação.

A professora Analine Duarte conta como é muito importante para a criança, em fase de alfabetização, ter um espaço apropriado para ela. “A visualização das letras do alfabeto, dos numerais, das letras das músicas conhecidas vai tendo significado para a criança e ela consegue aos poucos fazer relações e ir apropriando da leitura e da escrita. Penso também que ajuda a criança a se sentir mais segura e valorizada”, afirma.

As famílias entenderam a importância da proposta e conseguiram organizar espaços para as crianças vivenciarem o mundo das letras e números. E assim, famílias amenizam este momento de distanciamento, propiciando melhores condições para a aprendizagem.

Fernanda Cortez, mãe da aluna Isabella Correa Cortez, 6 anos, relata que com o ensino remoto oferecido pela instituição tem sido possível continuar o desenvolvimento da filha. “Criamos o cantinho de estudo, nele as atividades são realizadas diariamente. É uma forma da Isabella se sentir em um ambiente acolhedor, assim como a escola presencial oferecia, com a ajuda da avó, buscamos diariamente ensinar as atividades e acompanhar a sua evolução e estamos muito satisfeitos”, afirma a mãe que está confiante que em breve poderemos retomar a vida de onde paramos.

Angélica da Silva, mãe do Hudson Filho, também fala como tem sido importante para o desenvolvimento do filho, reservar esse espaço e manter a rotina. “Foi ótimo, tem um único lugar para fazer as tarefas e muito mais concentração para aprender”, disse.

A escola associa propostas realizadas pela professora no AVAH e tem organizado a entrega de materiais impressos com atividades e recursos lúdicos para compor o ambiente alfabetizador, tudo preparado pela equipe escolar. E os familiares recebem a orientação de como usar o material, estimulando a criança a ter motivação e desejo de aprender.

Adriene Bastos, da editoria de Educação