Quase 500 cidadãos podem checar no site da Prefeitura de Goiânia a localização do cartão Renda Família. A ferramenta é voltada para os beneficiários cujos cartões foram devolvidos pela Alelo, empresa gestora dos recursos do programa, ao poder público municipal. Após três tentativas de entrega, os cartões são direcionados para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs), que depois os distribui para unidades do Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

Na página do Renda Família é possível saber, por meio do nome do beneficiário, onde está o cartão e também conferir o telefone de contato de cada unidade. Para acesso à relação de cidadãos que tiveram os cartões devolvidos à prefeitura, basta clicar em “lista completa de beneficiados pelo programa”, no final da página. A retirada pode ser feita exclusivamente pelo beneficiário mediante apresentação de documentos pessoais com foto e número do processo de requisição do benefício. O número de devolvidos representa cerca de 4,7% dos cartões já entregues ou em processo de emissão. A maioria, ou 95,3% dos 9.616 cartões emitidos, chega à casa dos contemplados.

Até a última segunda-feira (3/5), 14.587 cidadãos solicitaram participação no primeiro programa de transferência de renda da história da prefeitura e o segundo compromisso do Plano de Governo materializado pelo prefeito Rogério Cruz. Totalmente custeado com recursos do Tesouro Municipal, o Renda Família já chegou a 9.730 beneficiários que, ao final da iniciativa, terão recebido da Prefeitura de Goiânia mais de R$ 17,5 milhões. A meta, no entanto, é amparar 24 mil famílias até o dia 30 de junho, prazo final para as inscrições, e chegar à marca de R$ 43,2 milhões direcionados à ação cujo foco está nos cidadãos mais vulnerabilizados pela pandemia do Coronavírus (Covid-19).

“Queria eu ter condições de fazer por todas as pessoas vulneráveis nesse momento; de poder dar um valor mais acessível a todos. Mas a prefeitura também tem suas dificuldades, assim como as pessoas. Queria eu poder ajudar todos os que não tem um pão na mesa, um leite e uma água”, pondera o prefeito Rogério Cruz. Além dos 9.730 já contemplados, o município analisa outros 3.184 pedidos, aguarda correção de informações por parte de 124 solicitantes e tem agendadas 214 diligências presenciais nas casas dos solicitantes. “Isso ocorre quando os avaliadores têm dúvidas em relação à documentação apresentada ou precisam de informações complementares”, explica o secretário de Finanças de Goiânia, Geraldo Lourenço. A checagem in loco é realizada por assistentes sociais da prefeitura. A análise remota, pelo corpo técnico da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin). Do total de pedidos, pouco mais de 4% foram indeferidos. Desses, 673 foram negados após checagem da Finanças e outros 10 depois de diligência das assistentes sociais.

Inscrições
Para participar do Renda Família é necessário ser maior de idade; a família residente não ter fonte de renda formal, a exemplo de carteira assinada, aposentadoria ou pensão, e morar em imóvel próprio, alugado ou cedido com Valor Venal, disponível para consulta no boleto do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), de até R$ 100 mil. A adesão também é restrita aos que têm apenas um imóvel, não são Microempreendedores Individuais (MEIs) e não têm Cadastro de Atividade Econômica (CAE) ativo. Beneficiários do Bolsa Família, no entanto, estão aptos a realizar a solicitação.

As inscrições podem ser feitas por meio do site da Prefeitura de Goiânia, o www.goiania.go.gov.br ou em cinco das unidades Atende Fácil, central de relacionamento presencial com a Prefeitura de Goiânia instalada no Paço Municipal, Shopping Cidade Jardim, Antiga Estação Ferroviária, Avenida Mangalô e Praça da Bíblia. Ao realizar o cadastro é necessário preencher em um formulário os números da inscrição cadastral do imóvel, disponível no boleto do IPTU; e do Cadastro de Pessoa Física (CPF) dos residentes; além de informações pessoais do solicitante do benefício.

Se o imóvel for alugado ou cedido, é preciso anexar o contrato de locação, uma declaração do proprietário e/ou contas de água, energia, telefone ou internet que atestem o vínculo dos residentes com o imóvel de terceiros. Os solicitantes também precisam concordar com o Termo de Aceite. A tramitação do processo pode ser acompanhada também pela internet, por meio do mesmo usuário e senha criados no ato da solicitação, ao clicar em “Primeiro Acesso”.

Giselle Vanessa Carvalho, da editoria de Finanças