Prefeitura discute plano de reabertura gradual do comércio em Goiânia
Última atualização em 29 maio 2020 às 15h12
Nas próximas semanas segmentos do comércio devem retornar as atividades seguindo protocolos, normas e recomendações de prevenção à Covid-19

Em reunião realizada nesta quinta-feira (28/5), o Comitê de Crise da Prefeitura de Goiânia discutiu com vários segmentos do comércio e serviços estratégias para a reabertura gradual das atividades.
A ideia é começar a abertura por etapas, com os segmentos que apresentam menor risco de contágio da doença, e monitorar o retorno com uma avaliação diária da situação epidemiológica e da segurança com que estão atuando. Conforme o resultado, outros segmentos poderão ser liberados, desde que evitem aglomerações dentro dos empreendimentos, no transporte público e em deslocamentos pela cidade e garantam medidas seguras e rigorosas de prevenção à Covid-19.
Durante a reunião, os empresários se comprometeram a apresentar documentos com tais medidas. Será com base nesses documentos que as autoridades sanitárias irão avaliar a flexibilização das atividades econômicas. Cada segmento terá de apresentar um planejamento convincente que garanta o distanciamento social, a utilização de máscaras, disponibilização de álcool em gel, controle do fluxo de pessoas e outras ações importantes que possam evitar a disseminação do novo Coronavírus e o consequente aumento do número de casos na cidade.
“Sabemos que hoje há muitas atividades que voltaram a funcionar sem nenhum critério e segurança para as pessoas em geral, e se continuar assim teremos uma situação insustentável no serviço de saúde. Com o retorno planejado e o comprometimento dos empresários, podemos mudar isso, fazer com que o funcionamento seja seguro”, destacou a secretária de saúde de Goiânia, Fátima Mrué.
Na segunda-feira (1º/6), já poderão reabrir os mercados, imobiliárias e os treinamentos dos clubes de futebol ficam liberados. No mesmo dia, haverá reuniões do Gabinete de Crise da Prefeitura de Goiânia e do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), com a participação de representantes do setor empresarial.
Nos dois encontros serão apresentados os resultados da discussão inicial com os empresários e uma prévia do planejamento para o retorno gradativo das atividades. No decorrer da semana, esse planejamento será aprimorado com a participação dos empresários que se mostraram compreensivos com a situação de pandemia e comprometidos com o funcionamento diferenciado que terão que adotar.
“Fizemos uma projeção para os próximos dois meses com um plano de reabertura e por isso precisaremos do apoio de todos. Temos que ter cautela, seguir todas as orientações. A Prefeitura não quer que o comércio continue fechado, mas não podemos abrir tudo ao mesmo tempo”, destaca a secretária Fátima Mrué.
“Temos que tomar medidas seguras para que não haja um grande aumento nos casos, para que os investimentos na rede hospitalar sejam suficientes para a demanda de casos mais graves e para que, a partir de agosto, a vida retorne praticamente ao normal, mesmo que com restrições e proteção, já que ainda não temos uma vacina ou remédio eficaz para a doença”, comenta a secretária.
Para alertar os empresários, Fátima Mrué fez uma explanação com dados sobre disponibilização de UTI’s, isolamento social e a projeção de casos e contágio da Covid-19 em Goiânia até o final de julho. No melhor cenário, os dados mostram cerca de 200 mortes e no pior, 2 mil, aí com o possível endurecimento da quarentena e o fim da flexibilização.
Já o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sedetec), Walison Moreira, trouxe dados sobre os riscos avaliados de cada segmento levando em conta, questões sanitárias, permanência de pessoas e aglomeração.
O presidente da Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiochi, ressaltou que os empresários querem ser parceiros da Prefeitura, mas precisam de uma data para planejarem a reabertura dos negócios. “Nós preferimos ficar com a porta aberta vendendo pouco do que ficar fechados sem perspectiva. O comércio é parte da solução dos problemas, da geração de empregos e renda, por isso seguiremos todos os protocolos exigidos”, comenta.
Participaram da reunião com os segmentos empresariais no Paço o procurador geral do município, Brenno Kelvys, a secretária de Planejamento e Habitação, Zilma Peixoto, além do comandante da Guarda Civil Metropolitana, Wellington Paranhos .
Luciano Joka e Sirlene Mendonça, da Secom Goiânia