No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, 2 de abril, a Prefeitura de Goiânia tem muito a comemorar. Cerca de 380 alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) são atendidos nas instituições educacionais da Capital, no ensino regular e unidades de inclusão, com profissionais especializados.

É o caso da Alice Arrais Mesquita, 6 anos, matriculada na Escola Municipal Nossa Senhora da Terra, no Jardim Curitiba. A criança frequenta o ensino regular e a Sala de Recursos Multifuncional. A mãe Tacielly Arrais Sousa conta como a filha está se desenvolvendo, mesmo com ensino remoto.

“Agora que Alice está começando a falar, distinguir cores e reconhecer algumas letras. Sinto uma diferença enorme, desde quando ela começou a receber o atendimento especializado ainda no Centro Municipal de Educação Infantil, por volta dos quatro anos. A professora faz essa intermediação e me orienta para saber se está dando certo e quais as reações da Alice com as atividades”, relata Tacielly.

A professora Lorena Azevedo trabalha na Associação Pestalozzi de Goiânia – Centro de Atendimento Especializado (CAE) Renascer, instituição conveniada à Educação (SME). De acordo com ela, os problemas mais comuns naqueles que apresentam autismo são dificuldade de interação social e interesses restritos ou repetitivos.

“Vale salientar que algumas pessoas podem ter o transtorno e com acompanhamento de terapias no setor clínico e suporte pedagógico, que são oferecidos dentro das instituições, desenvolvem-se de maneira independente. Já outras necessitam de atenção para a realização de atividades por toda a sua vida. Dessa forma, é muito importante que o indivíduo receba as intervenções corretas, que são fundamentais na sua independência e qualidade de vida”, explica.

Autismo
O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, 2 de abril, foi definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, com o objetivo de garantir a conscientização a respeito do Transtorno do Espectro e reduzir cada vez mais o preconceito existente contra esse público.

Em Goiânia, os educandos com autismo são atendidos pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE) em dois centros municipais de Apoio à Inclusão (Cmai), nas 35 salas de recursos multifuncionais instaladas nas unidades de ensino, além das instituições conveniadas de ensino especial Associação Pestalozzi Renascer, Centro de Orientação, Reabilitação e Assistência ao Encefalopata (Corae) e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) Helena Antipoffi. Os professores vinculados atuam conforme orientações da Gerência de Inclusão, Diversidade e Cidadania.

Daniela Rezende, da editoria de Educação